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Quatro mulheres e suas vidas dedicadas à Enfremagem
Títulos concedidos fazem parte das comemorações de 50 anos da FEN
Texto: Caroline Pires
Fotos: Evelyn Parreira
Mesa composta só por mulheres destacou a dedicação das homenageadas a transformação social e de vidas
Elizabeth Esperidião
Coube a Maria Alves, professora emérita da UFG, a discursar sobre Elizabeth Esperidião. “Nos seus mais de 35 anos de atuação na área de saúde mental, essa querida professora estudou profundamente a formação do profissional enfermeiro”, afirmou. A docente foi ainda atuante na reformulação do programa curricular do curso da UFG, no início dos anos 2000. Elizabeth Esperidião é marcada pela compreensão criativa do tema de saúde mental e ela foi atuante ao enfatizar medidas de autocuidado, criando um curso específico para estudantes da graduação. “Foram significativos os cuidados diários dela, seja pela atuação em sala de aula ou a criação de um Cantinho de Repouso, que funcionou por muitos anos na FEN e fez toda a diferença no dia-a-dia dos estudantes”. Maria Alves reforçou que suas ações extrapolaram a prática docente e impactou de várias formas a UFG. “Ela configura um exemplo de convivência dos postulados acadêmicos e pessoais”, finalizou.
Elizabeth Esperidião agradeceu a sua família e aos pais imigrantes que lhe ensinaram valores universais e fundamentais. “Desde 1989 a UFG me permitiu impulsionar a minha carreira acadêmica. Eu sempre fiz o possível para gerenciar tanto a minha vida pessoal como a profissional. Apesar de todas as dificuldades vencemos, nessa minha luta constante de conciliar as duas coisas”, relembrou. Ao longo desse tempo, a homenageada ressaltou a sua própria transformação como profissional ao longo dos anos, buscando conhecimento também fora da Enfermagem. “Saúde e educação foram meus amores desde sempre. A vida não para e no final das contas: valeu a pena”, encerrou seu discurso.
Elizabeth Esperidião dedicou grande parte da sua carreira a estudos relacionados a Saúde Mental
Sheila Araújo Teles
Coube a também docente da FEN, Karlla Caetano homenagear Sheila Araújo Teles. “Ela é uma grande paixão de vida e milhares puderam sentir a transformação e a sensibilidade de sua presença dentro e fora da UFG”, emocionou-se a professora. Mesmo depois da sua aposentadoria em 2021, ela continua colaborando e impactando a trajetos das pessoas, sempre com o foco de que o Ensino deve ser prioridade das Universidades Públicas”. Segundo ela, a professora foi uma inovadora com publicação de mais de 160 artigos públicos e já foram citados em artigos em mais de 96 países. Sheila Teles foi também uma grande desbravadora da epidemiologia no país e hoje segue sendo uma referência na área de hepatites. Atuante também na extensão, mais de 20 mil atendimentos para pessoas em vulnerabilidades sociais já foram viabilizados por ela. “Hoje reverberamos esses 28 anos de atuação. E o segredo sem dúvida é o amor à profissão e seu exemplo de vida e ética”, concluiu.
Afirmando que não se conquista um título de professora emérita sem a presença e apoio de dezenas de pessoas, Sheila Araújo Teles afirmou que em sua carreira sempre encontrou acima de tudo amigos. “Eu nunca imaginei receber um reconhecimento tão grande deste em minha vida. Tenho muito afeto pela UFG que me ofereceu e fomentou a paixão ao ensino, pesquisa e extensão”, afirmou. Segunda ela, quando chegou a UFG em 1993, iniciou-se uma trajetória de amor pela Universidade e que hoje espera deixar um legado de pessoas que possam contribuir para o país. “Apesar de todas as resistência a ciência, nós vamos continuar com a paixão tenaz e sempre renascida de lutar por ela”, concluiu a professora.
Sheila Araújo Teles foi conduzida pela também professora da FEN, Karlla Caetano
Virgínia Visconde Brasil
Virgínia Visconde Brasil foi a terceira homenageada da tarde com o título de professora emérita. Lizete Malagoni destacou seu impacto tanto para a área acadêmica como pela gestão universitária. “Você não é só uma profissional de destaque, mas uma pessoa extraordinária que dedicou a vida a enfermagem e que transcende gerações”, considerou. De aluna, Virgínia Brasil, se tornou uma docente com excelência passou a ser alguém “que posso compartilhar os desafios da vida. Sua sensibilidade força e honestidade construiu uma irmandade para além da profissão. Que honra merecida!”, emocionou-se Lizete. Virgínia Brasil falou da sua surpresa ao saber da submissão do título ao Conselho Universitário. “Eu sou fruto de duas gerações visionárias e imbatíveis, por um lado minha família e por outro essa casa que comemora o seu jubileu de ouro. Amo estar aqui”, contou. Ela falou que dos seus 63 anos, 40 anos foram vividos na UFG, e que cada uma, a sua maneira, inspirou os estudantes que conviveram com eles nesse tempo todo. “Me reconheço como fruto do convívio”, concluiu.
Virgínia Visconde Brasil dedicou sua carreia a área de cuidados intensivos, cardiologia, qualidade de lida e letramento em saúde
Ivete Santos Barreto
Baiana de nascimento e goiana de coração, Ivete Santos Barreto foi a única homenageada como técnica administrativa emérita. Izabete Araújo destacou a longa carreira marcada por atuação política, sindicatos e conselhos, sempre engajada na luta da área de enfermagem. “Sua atuação foi sempre pautada no bem estar coletivo e nunca precisou de holofotes para desempenhar seu papel”, destacou. Ivete Barreto afirmou que a sua conquista reflete milhares de servidores federais que se dedicam em muito para o crescimento do país. “A escola pública é o instrumento institucional mais eficiente para a sociedade democrática e dedico a todos meus amigos da UFG, UFBA e de todas as entidades representativas e da minha vida”, compartilhou. Ela enalteceu a parceria para as frentes de trabalho e todos os amigos que dividem a busca por melhores dias. “Muito obrigada! Somos todos eméritos!”, finalizou o discurso.
Militante da área da Enfermagem e profissional dedicada a várias entidades sindicais, Ivete Barreto foi homenageada como servidora técnico-administrativa
Fonte: Comunicação da UFG
Categorias: Notícias Noticias Evento UFG