No mês de maio foi celebrado o Dia Internacional da Luta Antimanicomial
Data marca movimento significativo
Texto: Júlia Amorim
No dia 18 de maio é comemorado mundialmente o dia da luta antimanicomial, a data marca um movimento contra o tratamento manicomial marcado por violência e aprisionamento e em defesa dos direitos humanos, através de soluções humanizadas de cuidado à saúde mental e direito fundamental à liberdade com modelo de tratamento baseado na inclusão, cuidado e no respeito.
Nathália dos Santos Silva, especialista em saúde mental e professora da FEN, reforça a importância da data, pois abre uma oportunidade para no mês de maio visibilizar esse assunto, através de ações e discussões, assim como afirma a necessidade da implementação de serviços substitutivos de cuidado, o combate à figura do manicômio e ações/ políticas contrárias à instituição manicômio, que defendam o cuidado em liberdade.
A professora informou que neste momento a Secretária do Estado de Goiás, está avançando uma rede de atenção psicossocial substitutiva ao hospital psiquiátrico e qualificando a atenção aos profissionais de saúde, sempre pensando nos princípios de liberdade, redução de danos e cuidado próximo do local de moradia do paciente.
Esteve também em Brasília na semana passada, no ministério da saúde em uma reunião pautada na proposição de uma política nacional anti racista de saúde mental, álcool e outras drogas. A pauta étnico racial é um determinante de saúde importante, tendo em vista que impactam o acesso a serviços de qualidade na rede de atenção social para essa população. A docente participa de diversas outras ações sobre saúde mental, que colaboram indiretamente para a Luta Antimanicomial no Estado.
A liga acadêmica de saúde mental da UFG, Recuide-se, através de uma publicação no instagram, trouxe aspectos importantes do movimento: contexto histórico, principais objetivos, sendo eles desinstitucionalização, direitos humanos, integração social e tratamento humanizado com abordagens terapêuticas. A liga exemplificou também os principais princípios de respeito à dignidade humana, inclusão social, participação da comunidade e atenção integral e enfatizaram apoio à luta antimanicomial, temática tão necessária dentro da comunidade de enfermagem e da saúde em geral.
Assim, a Faculdade de Enfermagem UFG se destaca mais uma vez, a partir de discentes e docentes empenhadas em lutas e movimentos importantes e necessários para uma sociedade mais inclusiva.
Fonte: Comissão de Comunicação FEN/UFG