Documentários produzidos pelos estudantes da disciplina de Promoção da Saúde destacam desigualdades sociais em ocupações
Ação dá voz às comunidades ao entrevistar moradores
Texto: Eduardo Almeida
As aulas práticas da disciplina de Promoção da Saúde (@prosa.ufg) da Faculdade de Enfermagem, ministradas pelas professoras Bárbara Rocha, Jacqueline Lima e Michele Dias, resultaram em dois documentários produzidos pelos estudantes da graduação em Enfermagem. Em visita às ocupações Paulo Freire e Zumbi dos Palmares, na região metropolitana de Goiânia, os discentes conheceram a realidade desses territórios, as iniquidades enfrentadas, as desigualdades sociais e o cerceamento de direitos que excluem, marginalizam e discriminam as pessoas que vivem em situação de ocupação.
Ao perceber a ausência do poder público para a garantia do acesso à saúde, educação, infraestrutura, emprego, renda básica e, principalmente, a moradia, as produções audiovisuais buscam dar visibilidade a estas comunidades e destacam a necessidade de justiça social. A ocupação Zumbi dos Palmares é uma comunidade recente com 37 famílias, mas que já passou por um despejo, retratado no documentário. Já a ocupação Paulo Freire, mais consolidada em relação ao tempo, também passou por despejo e persiste na luta pela garantia de direitos. A professora Bárbara destacou que para além das visitas, as ações continuarão. "Além de produzir os vídeos, a gente continua tentando dar sustentabilidade a essa garantia de direitos. O nosso maior parceiro é o Movimento dos Trabalhadores e Trabalhadoras por Direito (@mdt.goias).
Vídeo 01: Documentário Ocupação Zumbi dos Palmares
Acesse aqui a localização da comunidade.
Vídeo 02: Documentário Ocupação Paulo Freire
Diferença entre invasão e ocupação
Uma invasão ocorre quando há a tomada violenta de um imóvel, por exemplo, mediante ameaça ou lesão corporal contra quem se encontra na posse. Já quando falamos de ocupação, isso ocorre quando imóveis abandonados ou esquecidos pelo poder público são pacificamente tomados sem nenhuma resistência, geralmente por pessoas que necessitam se abrigar, ou de um lugar para morar. Em entrevista para a Comissão de Comunicação da Faculdade de Enfermagem, a docente abordou os contextos que influenciaram nesta realidade. "No caso da ocupação urbana Paulo Freire e de muitas outras nas cidades de Goiânia e Aparecida de Goiânia, elas surgiram devido às péssimas condições de vida que os moradores levavam com falta de emprego, salário digno, acesso aos bens e serviços e oportunidades. Grande parte dessas ocupações surgiram durante e logo após a pandemia da COVID-19".
As comunidades aceitam doações de todos os tipos. Entre em contato com @mtd.goias para mais informações sobre as formas de auxílio.
Fonte: Comissão de Comunicação - FEN/UFG