Card - Docente da FEN concede entrevistas sobre o Programa de Atenção Integral ao Louco Infrator

Docente da FEN concede entrevistas sobre o Programa de Atenção Integral ao Louco Infrator

Atualizada em 21/09/23 08:59.

Referência nacional para a implementação da Política Antimanicomial

Texto: Eduardo Almeida

Foto - Docente da FEN concede entrevistas sobre o Programa de Atenção Integral ao Louco Infrator

Nos últimos dias, em entrevista cedida ao programa Profissão Repórter da Rede Globo e ao jornal Folha de São de Paulo, a egressa do PPGENF e docente da FEN, atualmente gerente de Saúde Mental do estado de Goiás, prof.ª Nathália Silva, comentou sobre as atividades desenvolvidas pelo Paili (Programa de Atenção Integral ao Louco Infrator). O programa trata de forma radical a importância da garantia de direitos humanos, acesso à saúde e cuidado em liberdade.

Pensado em meados de 1996 e tendo início em 2006, o programa está vinculado à Secretaria de Estado da Saúde de Goiás. Ele atende pessoas em medida de segurança, ou seja, quando alguém comete um crime, mas é considerado inimputável (que não pode ser responsabilizado por seus atos), bem como pessoas que apresentam sofrimento mental durante o cumprimento da pena. 

Atualmente, são atendidos 355 pacientes, com foco no cuidado ambulatorial e acompanhamento por meio dos Centros de Atenção Psicossocial (Caps). Em situações de crise, as pessoas atendidas podem ser internadas em leitos psiquiátricos até que estejam estáveis. Após esse período, voltam ao acompanhamento ambulatorial. Junto a isso, há também a possibilidade da adoção de medicamentos. Esse modelo faz com que não existam manicômios judiciais em Goiás. 

Comentando sobre o programa, a docente pontuou a necessidade de mais residências terapêuticas no estado, de ampliar a quantidade de Caps com atendimento noturno ou 24h para assistir pacientes em casos de crise, bem como a importância da disponibilização de leitos para saúde mental em hospitais gerais. Ações necessárias para ampliar os atendimentos e superar dificuldades.

Fonte: Comissão de Comunicação - FEN/UFG

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