Artigo publicado na Revista Eletrônica de Enfermagem aborda contaminação de smartphones utilizados por profissionais da saúde
Estudo apontou desafios para o controle de infecção
Texto: Eduardo Almeida
Com o objetivo de avaliar a presença de biofilme nas películas de smartphones de profissionais da saúde, o trabalho "Biofilme em smartphones de profissionais da saúde: padrão de uso e de descontaminação do aparelho", desenvolvido no Programa de Pós-Graduação em Enfermagem (PPGENF/FEN/UFG), investigou o modelo de utilização e descontaminação dos aparelhos no ambiente de assistência à saúde em um hospital de médio porte. O estudo foi realizado com os profissionais através de entrevistas estruturadas e avaliação das películas dos aparelhos por meio de Microscopia Eletrônica de Varredura (MEV).
As amostras das películas analisadas foram positivas para presença de biofilme bacteriano, entendido como uma comunidade de bactérias, mesmo após descontaminação com álcool a 70%. Segundo o professor Hélio Galdino, autor correspondente do trabalho e integrante do corpo docente do PPGENF, a forma encontrada é mais resistente a antimicrobianos. O professor relatou que o estudo identificou um padrão irregular de descontaminação dos aparelhos entre os profissionais da saúde. Dos participantes da pesquisa, 96,4% afirmaram utilizar o smartphone no ambiente de trabalho, evidenciado uma carga horária de uso superior a 4h.
Apontando a necessidade de que políticas de uso, rotina de descontaminação e troca de películas sejam elaboradas e implementadas nas instituições de saúde, a conclusão do estudo demonstrou um desafio para o controle de infecção. "Neste estudo, sugerimos um sexto momento para lembrar os profissionais de higienizar as mãos, além dos cinco estabelecidos pela OMS, antes e após o manuseio do smartphone nos serviços de saúde". Relatou o docente da Faculdade de Enfermagem.
Leia aqui o trabalho na íntegra.
Source: Comissão de Comunicação - FEN/UFG