Dia Mundial de Combate à Depressão
Data ressalta a importância dos cuidados com a saúde mental
Hoje, dia 13 de janeiro, marca-se o Dia Mundial do Combate à Depressão e a Faculdade de Enfermagem reafirma a relevância dessa discussão dentro da área da saúde.
Uma doença que segundo a OMS, afeta mais de 300 milhões de pessoas no mundo, mas que ainda é vista como um tabu. Existindo muito além do janeiro branco e do setembro amarelo, a depressão precisa ser reconhecida pela sociedade. Iniciando com mudanças de humor, pode se tornar um grave problema de saúde, chegando a interromper atividades laborais, escolares e familiares.
A professora Elizabeth Esperidião, participante do RECUID/FEN (Grupo Interdisciplinar de Pesquisa e Intervenção em Saúde Mental), ressaltou alguns pontos sobre o tema. "É importante deixar claro que a depressão não é uma fraqueza de caráter. E diferentemente da tristeza, não é momentânea, com o diagnóstico tardio o quadro pode evoluir a casos fatais. Essa doença é real, ela traz desconfortos, murcha a pessoa, faz ela se sentir sem disposição e sem energia. Porém, pelo fato de não haver sintomas visíveis e exames que a identifiquem, o preconceito ainda é muito visto."
O estigma continua sendo a principal barreira para que as pessoas peçam ajuda e a OPAS (Organização Pan-Americana da Saúde) sugere algumas estratégias de identificação e tratamento para essa doença:
- Se possível, busque ajuda profissional;
- Fique atento a pensamentos negativos e de autocrítica, é necessário reconhecer conquistas;
- Conecte-se a redes de apoio pessoal, pessoas próximas como familiares e amigos;
- Mantenha hábitos alimentares, sonos regulares, evite ingestão de álcool, não consumir drogas ilícitas pois elas podem piorar os sintomas;
- Pratique alguma atividade física, priorize as aeróbicas;
- Faça atividades prazerosas para si.
- Se presenteie, se elogie, se priorize.
A professora Nathália dos Santos Silva, vice líder do RECUID/FEN (Grupo Interdisciplinar de Pesquisa e Intervenção em Saúde Mental), comentou a importância de políticas públicas para a promoção da saúde mental. "As iniciativas individuais podem ser limitadas, por isso, é preciso políticas e governos que incentivem o acesso à informações e aos cuidados da saúde mental. Para que possam ser identificados mais casos em estágios iniciais, e assim a diminuição dos índices desta doença."
Para essa data tão importante o professor Douglas José Nogueira, docente da FEN/UFG, deixou algumas palavras de conforto. "Hoje é dia de olharmos para nossos projetos de vida, nossas escolhas, nossos pares e questionarmos se estamos investindo no autocuidado, na leveza de viver e conviver com tudo que nos faz bem. Dia de admitir que em alguns momentos vamos ser impactados com as dificuldades, mas o desfecho será apenas uma tristeza momentânea, que a volta por cima já está determinada e quase pronta para acontecer. Cuide-se, fique bem! Se precisar de um cuidado profissional não hesite, busque! Se precisar de um colo, estamos à disposição, o coração e a porta estão abertos para o cuidado."
Source: Comissão de Comunicação - FEN/UFG