FEN em destaque na reportagem: Vacinação: entre a ciência e as fake news
Doenças ressurgem com a queda nos índices de imunização; baixa percepção de risco e crescimento do movimento antivacina estão entre as causas
Reportagem: Luiz Felipe Fernandes
Produção audiovisual: TV UFG
Podcast: Rádio Universitária
Edição: Carolina Melo e Kharen Stecca
O som que ecoa nas salas de vacinação da unidade de saúde do Setor Pedro Ludovico, na região Sul de Goiânia, não poderia ser outro: o choro de bebês recebendo as primeiras agulhadas que vão garantir imunidade contra diversas doenças. Para as crianças maiores, a argumentação quase sempre é uma variação do tradicional "é só uma picadinha". A distração dos jogos de celular parece até funcionar com alguns, mas só dura até o momento de entrar na sala.
A tal picadinha não incomoda só os pequenos. Na manhã em que a reportagem esteve na unidade de saúde, um pai com lágrimas nos olhos diante da dor momentânea da filha recém-nascida não se absteve de compartilhar sua fragilidade com as mães que aguardavam na sala de espera. "Era melhor ter trazido a avó", confessou.
Em um ambiente que respira cuidado e saúde, a percepção de mães e pais sobre a importância da imunização é unânime. "Pode ser que daqui 100 anos não precise mais de vacina, mas eu é que não quero correr esse risco agora", assegurou Maria Alice Segatto, que levava a filha Lara, de apenas oito dias, para se vacinar. Questionada sobre uma possível preocupação com efeitos adversos, a professora Melca Moura Brasil foi assertiva: "pelo contrário, acho fundamental! Principalmente no Brasil, que recebe tantas pessoas".
Baixa cobertura vacinal
Mas assim como na maioria das cidades brasileiras, Goiânia não tem conseguido atingir as coberturas vacinais preconizadas para crianças, que é de 95% – índice acima do qual as doenças que podem ser prevenidas com vacinação não tendem a circular. A maioria está abaixo de 80% (veja infográfico). A chefe de Imunização da Secretaria Municipal de Saúde (SMS), Grécia Carolina Pessoni, explica que a baixa cobertura é motivo de preocupação.
"Todos esses índices (de cobertura vacinal em Goiânia) geram preocupação. Contudo, a cobertura mais preocupante é a da vacina tríplice viral – sarampo, caxumba e rubéola (76,5%) –, uma vez que atualmente o Brasil já tem mais de 300 casos confirmados de sarampo só neste ano". De acordo com Grécia, o risco de a doença chegar na capital e atingir crianças não vacinadas é muito grande.
No Brasil, todas as vacinas destinadas às crianças com menos de dois anos vêm registrando queda desde 2011. Em 2017 e 2018, das oito vacinas infantis obrigatórias, sete não alcançaram a meta estipulada. Apenas a BCG, contra a tuberculose, atingiu cobertura superior a 95%. A situação contrasta com o fato de o Brasil possuir o maior programa público de imunização do mundo.
O Ministério da Saúde disponibiliza gratuitamente 19 vacinas contra 30 doenças. O Calendário Nacional de Vacinação contempla, além das crianças, adolescentes, adultos, idosos, gestantes e povos indígenas. A situação acendeu o alerta do poder público, que decidiu lançar, em abril deste ano, o Movimento Vacina Brasil. Pela primeira vez, o governo federal estabeleceu a cobertura vacinal como meta prioritária para a gestão da saúde no Brasil.
A volta do sarampo
Para o presidente da Sociedade Brasileira de Imunizações (SBIm), Juarez Cunha, o sarampo é uma amostra da fragilidade causada pelos baixos índices de vacinação. Os registros começaram a se elevar na região Norte por causa de pessoas não vacinadas que tiveram contato com venezuelanos que apresentavam a doença, ocasionando um surto em 2018. O Ministério da Saúde contabilizou mais de 10 mil casos de sarampo em todo o país no ano passado – 9 mil só no Amazonas – e 12 mortes.
Com o surto, o Brasil perdeu o certificado de eliminação do sarampo, que havia sido concedido em 2016 pela Organização Pan-Americana da Saúde. Na época, o continente americano havia se tornado a primeira região do mundo declarada como zona livre da doença. Até então, o último caso no Brasil havia sido notificado no Ceará, em 2015. Casos autóctones (quando a doença é contraída no próprio território) haviam sido registrados somente no ano 2000.
O sarampo também tem sido amplamente registrado em outros países da Europa e da Ásia. A Organização Mundial da Saúde (OMS) identificou surtos em 170 países desde 2017. O aumento nas notificações foi de 300% nos três primeiro meses deste ano, em comparação com o mesmo período de 2018. A situação contribui para a reintrodução da doença em território nacional. Atualmente, é o estado de São Paulo que enfrenta o aumento no número de pessoas infectadas – foram 484 casos até o dia 22 de julho de 2019.
3 milhões de mortes
Segundo o Ministério da Saúde, as vacinas foram responsáveis pela erradicação do vírus da varíola em 1980, pela interrupção da transmissão da poliomielite nas Américas em 1994 e pela eliminação da rubéola nessa região em 2015. Após tantos anos de controle ou eliminação de doenças, o cenário de mortes preveníveis com esse tipo de imunização parece distante. Mas a estimativa da OMS serve de alerta: sem a prevenção em massa, 3 milhões de pessoas morreriam por ano no mundo.
Ainda de acordo com a OMS, 19,4 milhões de crianças em todo o mundo não receberam as três doses da vacina contra difteria, tétano e coqueluche no ano passado. O Brasil está entre os dez países em que vivem 60% dessas crianças. Os demais são Angola, Congo, Etiópia, Índia, Indonésia, Nigéria, Paquistão, Filipinas e Vietnã.
Até mesmo a poliomielite, cujos casos diminuíram 99% desde 1988, não deixam de causar preocupação. Isso porque a doença não está erradicada no Paquistão, no Afeganistão e na Nigéria. "Hoje, com a facilidade de deslocamento das pessoas e o movimento de migração, aliado à baixa cobertura vacinal no Brasil, o risco de reintrodução dessa doença é considerável", alerta a chefe de Imunização da SMS. Caso não seja erradicada naqueles países, a OMS prevê que a pólio poderá infectar 200 mil crianças por ano dentro de uma década.
Causas da baixa vacinação
A diminuição da cobertura vacinal em todo o mundo tem causas diversas. Uma delas é a diminuição da percepção, sobretudo por parte das novas gerações, dos riscos das doenças para as quais há vacina. "Especialistas caracterizam esse fato como hesitação em vacinar. Geralmente, as pessoas só procuram se imunizar quando óbitos começam a ser divulgados", explica o professor do Instituto de Patologia Tropical e Saúde Pública da Universidade Federal de Goiás (Iptsp/UFG), Yves Mauro Ternes (confira o podcast com a entrevista completa).
Um estudo realizado em 2016 por pesquisadores da Faculdade São Leopoldo Mandic (SP) e da London School of Hygiene and Tropical Medicine revelou que, de um universo de mil pessoas, 16,5% se mostraram hesitantes em relação à vacina. Os motivos mais frequentes diziam respeito à confiança, eficácia ou segurança da vacina e preocupações com efeitos adversos. Esse índice foi ainda maior – 23% – entre pais com filhos menores de cinco anos.
A situação é tão preocupante que a OMS incluiu a relutância em vacinar na lista das dez prioridades para 2019. A falta de confiança na imunização passou a figurar ao lado de problemas graves como o combate à poluição ambiental e às mudanças climáticas, infecções transmissíveis como o ebola, a dengue, a gripe e o HIV, doenças crônicas e outros desafios de saúde pública (veja quadro completo).
Em entrevista à Rádio Universitária, o professor do Iptsp/UFG Yves Mauro Ternes fala sobre a importância das vacinas para a saúde coletiva.
No submundo do movimento antivacina
Se a hesitação em vacinar parece ser, até certo ponto, compreensível, um outro grupo, bem mais inflexível, tem se tornado um problema ainda maior para a saúde pública no mundo inteiro. Trata-se de pessoas que, além de não acreditarem nos benefícios da imunização, alegam que ela é responsável por graves efeitos colaterais e até a morte. Por isso, decidem não se vacinar ou a seus filhos.
Com o contato facilitado pelas redes sociais digitais, os adeptos do movimento antivacina têm ganhado mais visibilidade, sobretudo na Europa e nos Estados Unidos. Na busca por páginas em português no Facebook, dois grupos brasileiros se destacam na troca de informações sobre o tema: Vacinas: o Maior Crime da História e O Lado Obscuro das Vacinas. Juntos, eles somavam 8 mil membros no fim de julho de 2019.
Os integrantes das duas páginas compartilham, quase sempre em tom alarmista, informações e relatos que comprovariam os perigos. Em uma delas a vacina é chamada de "poção química venenosa" por conter "mercúrio, alumínio, vírus vivos das doenças, células de bebês abortados, células de macacos, células de ratos, células de cachorros, formol", entre outras substâncias. A descrição também diz que "centenas de estudos científicos" mostram que as vacinas causam autismo, alzheimer, doenças autoimunes e câncer.
Publicação em um dos grupos antivacina no Facebook fala em conspiração do governo e "confusão de gênero"
Ao se aprofundar nas mensagens, a crença em conspirações fica mais evidente. Uma publicação afirma que "os governos falsificam estudos e inventam epidemias" para beneficiar a indústria farmacêutica. E acrescenta que, além de doenças, as vacinas causam "feminilização dos homens e confusão de gênero". Outra postagem lista uma série de médicos contrários à vacinação mortos misteriosamente nos últimos anos. Algumas mensagens também flertam com o discurso religioso extremista, afirmando que cientistas querem implantar um "estado ateísta" e que, para isso, desenvolveram uma "vacina fundamentalista" que elimina o "gene de Deus", que se manifestaria apenas em pessoas religiosas.
Relatos e imagens contribuem para a desinformação
Relatos sem comprovação entre causa e efeito, como "minha filha ficou intolerante à lactose depois de ter vacinado", associados a fortes imagens de bebês com deformidades, problemas na pele e até mortos, contribuem para o clima de histeria nas publicações e nos comentários. Um argumento recorrente nas trocas de mensagens é o da liberdade individual, o que legitimaria a decisão de pais e mães de não vacinar seus filhos.
Para o presidente da Sociedade Brasileira de Imunizações (SBIm), Juarez Cunha, o argumento da liberdade individual precisa ser relativizado quando o assunto é saúde coletiva. "A partir do momento em que eu decido não vacinar meu filho, eu coloco em risco aquela outra criança que, por algum motivo de saúde, não pode tomar a vacina".
Por ser um meio muito utilizado para a disseminação de todo tipo de conteúdo, o Facebook adotou medidas para combater a desinformação relacionada à vacina. Entre as ações anunciadas pela plataforma em março de 2019 estão a redução na visibilidade de grupos ou páginas que disseminam informações falsas, remoção de anúncios e fornecimento de conteúdos educacionais. O Instagram também deixou de recomendar assuntos e hashtagsrelacionados.
Entrevistas recusadas
O Jornal UFG tentou contato com pais e mães hesitantes ou contra a vacinação. Foram enviados emails e mensagens tanto para os administradores dos dois grupos de Facebook quanto para alguns dos participantes mais ativos. Apenas uma integrante respondeu, alegando não ter "boa experiência com a mídia" e que existem fatos e estudos que comprovam as reações adversas e as mortes. "Diante dos estudos, não é necessário entrevista para concluir que vacinas não são seguras e não funcionam", finalizou.
Uma outra mãe, localizada fora desses grupos, retornou o email dizendo que já havia passado por uma situação muito constrangedora em uma entrevista sobre o tema e que, por isso, preferia não participar da reportagem.
Pelo Facebook, é comum que seus integrantes, principalmente mulheres grávidas ou mães de filhos pequenos, de diversos estados brasileiros, busquem recomendações de profissionais de saúde que ofereçam tratamentos alternativos. Em geral, são indicados médicos homeopatas. Um dos nomes que aparecem nas indicações é de um médico que atua em Goiânia, com registro regular no Conselho Regional de Medicina (CRM) em pediatria e homeopatia. O profissional foi procurado pela reportagem.
Nas primeiras tentativas de contato por telefone, as chamadas não foram atendidas. Em um site de avaliação de médicos, o problema da dificuldade no contato telefônico também é relatado por alguns pacientes. Decidimos ir até o endereço que aparece no registro do CRM. O consultório foi localizado em um imóvel sem fachada, em um bairro nobre de Goiânia, ao lado de uma farmácia de manipulação.
A solicitação de entrevista foi feita à atendente, que, após conversar com o médico, agendou o encontro para dois dias depois. A entrevista foi cancelada por telefone, 40 minutos antes do combinado, sob a justificativa de acúmulo de pacientes. Um novo encontro foi marcado para uma semana depois, mas também foi cancelado horas antes pelo mesmo motivo. O médico também não retornou a mensagem deixada em seu perfil no Facebook.
Vacina e autismo: fake news com mais de duas décadas
Em 1998, a prestigiada revista científica The Lancet publicou um artigo, assinado por 13 autores, que relacionava a vacina tríplice viral (contra sarampo, rubéola e caxumba) à incidência de autismo. Apesar de o estudo ter levado em consideração um universo de apenas 12 crianças, os resultados chancelados por um dos principais periódicos médicos do mundo causou forte repercussão, afetando a cobertura vacinal em diversos países.
Alguns anos depois, uma série de reportagens conduzidas pelo jornalista Brian Deer, do The Sunday Times, começou a revelar suspeitas contra o estudo, sobretudo em relação à participação do médico britânico Andrew Wakefield. Segundo a publicação, ele estava ligado a um advogado que atuava em processos contra os fabricantes da vacina tríplice viral e que havia solicitado patente para uma vacina alternativa.
Com as revelações, dez dos 13 autores renunciaram às conclusões do artigo em 2004. Além disso, em 2010, o General Medical Council do Reino Unido, equivalente ao Conselho Federal de Medicina, concluiu que o estudo apresentava conflito de interesses, além de problemas éticos e metodológicos na seleção dos participantes e na coleta de material. No mesmo ano, a The Lancet se retratou publicamente pelos erros contidos no artigo. A publicação continua no site da revista, tarjada em vermelho com a palavra retracted (recolhido). Andrew Wakefield também não pode mais exercer a medicina no Reino Unido.
As conclusões do trabalho foram seguidamente rebatidas por outras investigações científicas. A mais ampla delas foi divulgada recentemente, em abril deste ano, no Annals of Internal Medicine. Os pesquisadores acompanharam 657.461 crianças nascidas na Dinamarca entre 1999 e 2010, desde o primeiro ano de vida até o dia 31 de agosto de 2013. A conclusão foi a de que a vacina tríplice viral não desencadeia o autismo em crianças.
Do cidadão comum ao presidente dos EUA
As consequências de uma notícia falsa podem ser duradouras, tanto que o medo de a vacina causar autismo ainda ronda pais e mães. A chefe de Imunização da Secretaria Municipal de Saúde (SMS), Grécia Carolina Pessoni, afirma que essa é uma situação enfrentada pelos profissionais de saúde no dia a dia. "Eles procuram alertar sobre os benefícios da vacinação e sobre as fake news em relação à vacinação, mas alguns pais permanecem resistentes".
O problema aumenta quando pessoas influentes engrossam o coro antivacina. Atores como Jim Carrey, Jenny McCarthy (que tem um filho com autismo) e Alicia Silverstone já se posicionaram publicamente contra a vacina tríplice viral. Em 2016, o renomado ator Robert De Niro, que também tem um filho com autismo, chegou a incluir o documentário Vaxxed: From Cover-Up to Catastrophe no Festival de Cinema de Tribeca, em Nova York, mas recuou da decisão. O filme, que relaciona a vacinação ao autismo, foi dirigido exatamente por Andrew Wakefield.
Três anos antes de assumir a presidência dos Estados Unidos, Donald Trump também demonstrou acreditar na tese. Uma mensagem postada no Twitter em março de 2014 diz: "A criança jovem e saudável vai ao médico, é bombardeada com muitas vacinas, não se sente bem e muda – AUTISMO. Muitos casos assim!". A mensagem, que continua publicada no perfil oficial de Trump, foi compartilhada 17 mil vezes.
Comunidade científica atesta segurança
Até chegar às unidades de saúde, as vacinas passam por um longo processo de testes para assegurar tanto a eficácia quanto a segurança do medicamento. Segundo o professor do Instituto de Patologia Tropical e Saúde Pública da Universidade Federal de Goiás (Iptsp/UFG), Yves Mauro Ternes, uma vacina demora em média de cinco a dez anos para ser liberada. Os estudos se iniciam em cobaias, passando para um grupo populacional específico, até ser estendida para toda a população.
O Ministério da Saúde esclarece que o princípio da vacina é estimular o sistema imunológico do organismo. Para isso, são usados os antígenos que causam a doença, mas enfraquecidos ou mortos. O presidente da Sociedade Brasileira de Imunizações (SBIm), Juarez Cunha, esclarece que, como todo medicamento, há possibilidade de reações adversas. A maioria é leve, como dor no local da aplicação, mal-estar ou febre branda. "Reações graves são raríssimas", assegura o médico.
No mundo, existem mais de 20 vacinas aprovadas e cerca de 15 em formulação. Uma delas, contra a dengue, está em estágio avançado de desenvolvimento no Instituto Butantan, ligado à Secretaria Estadual de Saúde de São Paulo. A vacina está na fase de testes em humanos desde 2016 e deve envolver 17 mil voluntários. Se for bem-sucedida, poderá ser aberto pedido de registro junto à Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa).
UFG desenvolve vacina contra tuberculose
Pesquisador na laboratório do Iptsp/UFG: vacina contra tuberculose está em fase avançada de testes (Foto: Carlos Siqueira)
Há 18 anos, o Instituto de Patologia Tropical e Saúde Pública da Universidade Federal de Goiás (Iptsp/UFG) trabalha para desenvolver uma vacina contra a tuberculose. Apesar de já existir uma vacina contra a doença – a BCG, aplicada em bebês recém-nascidos –, a UFG busca criar um medicamento que proteja contra todas as formas da tuberculose, incluindo a pulmonar, responsável pela transmissão da doença. Assim, a nova vacina atuaria como um reforço para o sistema imunológico de adultos que tomaram a BCG quando crianças.
Atualmente, a vacina está sendo testada em animais. Os resultados já renderam o registro de uma patente e despertou o interesse de uma empresa australiana de biotecnologia. O sucesso dessa etapa é o que garantirá os testes futuros em humanos.
A vacinologia também está no ensino e na extensão da UFG. A Faculdade de Enfermagem (FEN), por exemplo, oferece a disciplina Atualização em Imunização na modalidade Núcleo Livre. Já o Programa Saúde do Trabalhador UFG+ oferece as vacinas do adulto recomendadas pelo Programa Nacional de Imunização. Só neste ano foram vacinados quase 5 mil trabalhadores, incluindo terceirizados a aposentados. A ação também é realizada no período de matrícula dos novos estudantes e no Congresso de Pesquisa, Ensino e Extensão da UFG (Conpeex).
Divulgação científica
Para o professor da FEN Marcos André de Matos, além fortalecer os programas de imunização e de oferecer as vacinas para grupos com dificuldade de acesso aos serviços de saúde, o programa tem um importante papel na divulgação científica. "A vacinação é uma forma de a população entender como a universidade contribui para a ciência. Essa estratégia foi muito utilizada no Dia C da Ciência, para mostrar à sociedade como o desenvolvimento científico contribui para suas vidas", afirma.
Para além da aplicação das vacinas, os estudantes e profissionais envolvidos traduzem o conhecimento científico em linguagem acessível, abordando a importância da imunização e desmistificando informações equivocadas que prejudicam a vacinação. "Buscamos conscientizar a comunidade de que o cartão de vacinas é um documento e que precisa estar atualizado", lembra o professor.
As doenças virais foram tema do Viver Ciência, da TV UFG. O programa apresentou pesquisas desenvolvidas na Universidade relacionadas a surtos epidemiológicos.
Source: Jornal UFG
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