Galeria dos Diretores da FEN

Honra ao passado e força para o futuro

Atualizada em 03/05/19 18:03.

Faculdade de Enfermagem da UFG inaugurou sua Galeria de Diretores em meio a discursos em defesa das Universidades Públicas

Texto: Caroline Pires

Fotos: Pedro Gabriel

Com muitas memórias, emoção e garra para continuar lutando pelo ensino público e gratuito brasileiro, foi inaugurada na manhã de hoje, 3/5, a Galeria de Diretores da Faculdade de Enfermagem (FEN/UFG). Além da galeria, o espaço recebeu a obra restaurada do artista plástico Luiz Olinto, que havia sido doado à faculdade no Jubileu de Prata da primeira turma formada na UFG, em 1979. Durante o evento os diretores Iara Barreto (1982-1986 / 1991-1993) Norma Leão Gonçalves (1987-1990), Milca Severino Pereira (1994-1997), Maria Alves Barbosa (1998-2001 / 2002-2005), Marcelo Medeiros (2006-2009 / 2010-2013) e Virgínia Visconde Brasil (2014 - 2017) foram homenageados.

Inauguração galeria Fen

A diretora da FEN, com dois mandatos nas décadas de 80 e 90, Iara  Barreto, lembrou do momento em que a faculdade  se constituiu uma unidade acadêmica e não apenas departamento da Faculdade de Medicina. “No início não tínhamos nem ao menos um prédio e ocupávamos barracões da FM e vez ou outra éramos expulsos de lá”, se emocionou Iara Barreto ao citar os nomes dos seus contemporâneos na luta pela consolidação da faculdade. “Passamos quatro décadas. Fizemos e fazemos enfermeiros e pesquisadores dando retorno à sociedade. A minha alegria é olhar os grandes marcos do passado e do presente e ver tudo o que constituímos”, agradeceu.

Inauguração galeria Fen

Já a professora Milca Severino Pereira, reitora da UFG e diretora da FEN entre os anos de 1994 e 1997, destacou a atuação da atual diretora Claci Rosso e do reitor da UFG Edward Madureira Brasil, agradecendo a competência e cuidado com a gestão da universidade. “Não abaixando a cabeça diante das dificuldades é assim que vamos continuar caminhando para garantir a universidade pública”, concluiu.

A atual diretora da FEN, Claci Rosso, iniciou sua fala afirmando ser um privilégio para ela poder prestar essa honra aos que já passaram pela direção da faculdade. “Esse foi um sonho de todos e a galeria é uma forma de homenagear uma linda trajetória que nos permite ser hoje a escola que somos”, afirmou. Segundo ela, a FEN deve aos que passaram pela direção o conceito 5 de sua pós-graduação além do enorme alcance dos projetos de extensão da faculdade. “Mais do que uma revitalização de espaços físicos o mais importante é revitalizar a memória. Nos 45 anos da FEN queremos lançar um livro com toda a sua trajetória devidamente documentada”, concluiu.

Ivete Santos Barreto, presidente do Conselho de Enfermagem de Goiás, lembra que no dia-a-dia os profissionais da Enfermagem enfrentam muitas dificuldades e atuam em condições adversas. “Desde o nascimento até a morte a Enfermagem está presente na vida do ser humano. É uma grande alegria saber que a UFG valoriza sua história e essa profissão”, frisou.

Ainda estiveram presentes na cerimônia a vice-reitora da UFG, Sandramara Matias Chaves, a pró-reitora de Extensão e Cultura/UFG, Lucilene Maria de Sousa, a pró-reitora de Assuntos da Comunidade Universitária, Maísa Miralva da Silva, o pró-reitor de Pessoas/UFG,  Everton Silveira, a vice diretora da FEN, Maria Márcia de Souza, a diretora da Faculdade de Nutrição/UFG, Ana Tereza Freitas, a diretora da Faculdade de Farmácia/UFG, Telma Alves, a diretora da Faculdade de Odontologia/UFG, Enilza Paiva, o diretor do Instituto de Patologia Tropical e Saúde Pública, José Clecildo Bezerra, o diretor do Parque Tecnológico da UFG, João Teodoro Pádua e a chefe de enfermagem do Hospital das Clínicas da UFG, Cláudia de Paula Guimarães.

Ao final a Bateria Venenosa, de estudantes da Faculdade de Enfermagem, realizaram uma apresentação.

A “balbúrdia” que dá força para mudar a história

O reitor da UFG destacou o quanto momentos como o de hoje enchem o coração de esperança. “Obrigado por todo o afeto e carinho que coloca em tudo que faz pela Faculdade de Enfermagem e a UFG”, afirmou o reitor, referindo-se a atual diretora da FEN, Claci Rosso. Segundo o reitor, o atual momento brasileiro exige que todos estejam unidos, esquecendo as diferenças internas. “Temos que enfrentar juntos as bizarrices que estão sendo ditas por aí. Todos: professores, servidores técnico-administrativos, estudantes, terceirizados… temos na UFG acima de tudo gente comprometida em mudar o Brasil. A nossa balbúrdia é publicar 4 mil artigos científicos inéditos em revistas do mundo todo, alcançar 500 mil pessoas com ações de extensão e entregar esse ano um hospital de 600 leitos, 120 leitos de UTI. Os governos passam, mas a universidade fica”, comemorou.

Inauguração galeria Fen

Ao final de sua fala, o reitor lembrou da importância da comunicação nesse momento. Segundo ele, se cada um da Comunidade Universitária conseguir falar sobre o que a universidade faz muito em breve será possível reverter o jogo de ataques que as universidades têm vivido. “Se formos perguntar agora no Hospital das Clínicas onde eles estão, ninguém responderá que está na UFG. Precisamos mudar essa realidade”, desafiou. Segundo ele, para alterar isso não é preciso esperar grandes campanhas, mas no dia-a-dia levar o impacto da UFG. “Eles têm robôs de notícias. Nós temos gente para mudar a história”, concluiu o reitor.

Presente restaurado

No ano de 2005, quando a primeira turma formada pela unidade acadêmica completou seus 25 anos, foi entregue uma belíssima obra do artista plástico José Olinto à Faculdade de Enfermagem. Ângela Castro, aluna da primeira turma, lembra que na época da formatura havia o desejo de presentear a FEN, mas os formandos não tinham condições financeiras, por isso tiveram a ideia desse presente original por ocasião do jubileu de prata.

Inauguração galeria Fen

O artista José Olinto também participou das homenagens e lembrou que a possibilidade de realizar a restauração em sua própria obra foi algo inesquecível. “Fico muito feliz pelo cuidado que foi tido em preservar a obra, pois muitas vezes em reformas tudo acaba se perdendo”, lembrou. José Olinto ainda ficou muito grato por ter conseguido encontrar os pigmentos necessários para realizar a restauração plena da obra.

Fonte: Secom UFG

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